A oficina em movimento. | ||
Por Valdir Teixeira (Professor), em 2013/11/28 | 1334 leram | 0 comentários | 290 gostam | |
A oficina em movimento. Um dia dedicado à olaria. A artesã "Bela" foi simplesmente espetacular com os alunos.Todos trabalharam com a roda de oleiro. A técnica e a criatividade marcaram este momento que será para mais tarde recordar. | ||
Na companhia da artesã "Bela" foi possível usufruir de agradáveis momentos em contacto com o barro. Foram dadas a conhecer as mais diversas técnicas de Olaria, possibilitando, também, a observação e demonstrações artesanais ao vivo. Foi possível produzir peças artesanais, que permitiram aos alunos e professores reviver/conhecer uma época que hoje em dia só se encontra em pequenas localidades "paradas no tempo", onde ainda predomina o respeito pela natureza, o trabalhar da terra e a simplicidade das suas gentes. Em Guimarães "Os Fornos de Olaria da Cruz de Pedra constituem um importante testemunho da actividade em Guimarães. O conjunto edificado, situado no nº 40 da Rua das Lameiras na freguesia de Creixomil, mantém ainda a sua morfologia arquitectónica de origem compondo-se por três áreas distintas: os fornos de câmara junto à fachada; o espaço oficinal no rés-do-chão (com as respectivas áreas de trabalho, nomeadamente as zonas de depósito e preparação da matéria-prima); espaço de habitação da antiga família de oleiros, documentada desde o século XIX. Os dois Fornos de Câmara, cuja ancestralidade em termos de localização podemos considerar medieval, dado o uso comunitário que um deles manteve até ao terceiro quartel do século XX, são um marco identitário da antiga zona industrial de Guimarães, cuja dinâmica está ainda muito presente na memória dos seus habitantes. Em 1974 as olarias de Guimarães encerraram definitivamente, foi o culminar de um processo de degradação de mercado que se começou a fazer sentir a partir do 2º quartel do século XX. Os oleiros de Guimarães eram especialistas na feitura de utensílios para uso doméstico em barro vermelho fosco (cântaros, panelas, infusas, alguidares, fogareiros, vasos, etc.) cujo uso foi, desde então, abandonado. Dez anos após o encerramento das olarias, a Câmara Municipal de Guimarães, adquiriu a antiga Olaria dos RéusOlaria dos Rainha encetando esforços na sua preservação e mantendo a dinâmica oficinal do espaço, convidando o antigo oleiro da vizinha , o Sr. Joaquim Oliveira, a aí laborar diariamente. A partir de então e graças a este empenho reabilitou-se a produção, baseada numa peça emblemática de Guimarães, a chamada Cantarinha das Prendas ou Cantarinha dos Namorados, que será tema de uma outra história!" | ||
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