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Um monstro especial...
Por Carla Ribeiro (Professora), em 2014/02/24941 leram | 1 comentários | 252 gostam
No ano de 1983, pelas 23:30h de uma sexta-feira, na cidade de Amesterdão, os meus melhores amigos planearam a melhor forma de me tirar da prisão, uma vez que me encontrava inocente.
No ano de 1983, pelas 23:30h de uma sexta-feira, na cidade de Amesterdão, os meus melhores amigos planearam a melhor forma de me tirar da prisão, uma vez que me encontrava inocente.
Nem sempre, os amigos com quem andamos são verdadeiros e de confiança. Estávamos todos num jardim, quando, de repente, um polícia acompanhado de um cão se aproximou de nós, suspeitando que se passava algo de errado. Olhámos uns para os outros sem perceber nada. No entanto, o polícia quis revistar-nos um a um e qual foi o nosso espanto, quando, do meu bolso do casaco, ele retirou um saquinho com 100 gramas de cocaína!!! Senti-me a pessoa mais humilhada do mundo, pois todos desconfiamos que tinha sido a Glória que o fez.
Então, foi este o motivo da minha prisão. Fui presa inocentemente. Tive uma pena de 1 ano, não podia acreditar! A Glória, obviamente, foi excluída do nosso grupo de amigos e não soubemos mais dela.
Num dos contactos que fiz com os meus amigos, eles disseram-me que descobriram, através da planta da prisão onde me encontrava, uma passagem secreta usada há dois séculos pelos monges franciscanos, passagem esta por onde fugi naquela noite, e onde os meus amigos iam estar à minha espera.
A minha fuga correu bem, fiquei super feliz por rever a Matilde, a Miahro, o Kakachi e o João!!!
Fomos refugiar-nos numa fábrica abandonada já bem longe da prisão, onde pretendíamos passar aquela primeira noite. Tentamos encontrar restos de farrapos que nos pudessem abrigar daquela noite fria e chuvosa.
Na manhã seguinte, enquanto Miahro e Kakachi tinham ido lá fora fazer a sua meditação diária, Matilde e João foram à floresta recolher lenha para nos sentirmos mais confortáveis; eu, de repente, olhei para o chão e deparei-me com umas pegadas demasiado estranhas!
Senti-me, do nada, a ser observada. Quando os meus amigos se juntaram a mim, concluímos que todos nós nos estávamos a sentir vigiados, como se existisse mais alguém naquele local! Um arrepio percorreu-nos todo o corpo, quando de repente vemos uma sombra com mais de 2 metros a aproximar-se de nós! Ficamos todos amedrontados, pois à medida que se aproximava, reparamos que se tratava de um monstro com cerca de 2,40 metros, olhos esbugalhados e prateados com um toco na cabeça de cor castanha esverdeada, dentes podres e cinzentos! Conseguimos sentir o seu hálito excessivamente mal cheiroso e aparentava um ar agressivo e triste. Mas, quando teve o primeiro contacto visual com a nossa amiga Miahro, algo mudou na sua expressão facial. Como já conheço muito bem a Miahro, senti que também ela estava diferente, como se tivesse havido uma grande empatia com o dito monstro.
De seguida, com algum receio, aproximei-me dele e pedi-lhe:
- Por favor, não nos faças mal, diz-nos, afinal quem és tu?
Ainda com o olhar fixo na Miahro, respondeu-nos com um ar de sofrimento:
- Por favor, preciso da vossa ajuda! Eu sou como vocês, mas estou assim, porque sofri um feitiço terrível que me deixou com este aspeto horrendo!
-Quem foi a pessoa maldosa que te pôs com este aspeto assustador? – questionou a Miahro, dirigindo-lhe um olhar apaixonado …
Depois de concluirmos que este monstro afinal não representara nenhuma ameaça para o nosso grupo, convidamo-lo para se juntar a nós … Depois de uma longa conversa sobre a identidade do monstro, do seu feitiço, acabamos por adormecer, exceto a Miharo e o Monstro.
A empatia entre os dois cresceu de tal forma, que nessa noite, acabaram por se envolver amorosamente. De manhã, quando acordamos, qual não foi o nosso espanto quando olhamos para os dois e estes se encontravam abraçados, e apercebemo-nos que o monstro tinha voltado ao seu estado normal.
 Afinal, o seu feitiço apenas se quebrava através de alguém que lhe proporcionasse carinho e amor.
Acabamos por ganhar mais um amigo, de nome Salvador.
Regressamos a Portugal, e a nossa amizade tornou-se tao forte ao ponto de nos apaixonarmos entre nós: eu e o Kakachi, e a Matilde e o João!
Até hoje, passados 30 anos, nós os seis ainda continuamos a ter grandes convívios e a mantermos a nossa amizade.
FIM

Exercício de produção escrita elaborada na aula de apoio pedagógico de português
8ºD (Ana Ribeiro, Ângela Gonçalves, Jéssica Campos, João Silva, Tiago Pereira)



Comentários
Por Carla Ribeiro (Professora), em 2014/02/24
Parabéns, Ana, Ãngela, Jéssica, João e Tiago, pela vossa originalidade!!! Valeu a pena!!!! Beijinho.

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